Em março, é celebrado o Dia Internacional da Mulher, ótima oportunidade para olhar para trás e conhecer mulheres que ajudaram a mudar o mundo

No dia 8 de março, é comemorado o Dia Internacional da Mulher, uma data que, ao contrário do Dia das Mães, do Dia dos Namorados, do Dia dos Pais…, não foi criada pelo comércio ou apenas como forma de homenagem. Neste caso, suas raízes são mais profundas, históricas e políticas, e marcam a luta por direitos.

Mas você sabe como a ocasião realmente surgiu? De acordo com historiadores, tudo começou em 1908, quando socialistas americanas organizaram uma manifestação e a chamaram de Dia da Mulher. Elas reivindicavam melhores condições de trabalho. No ano seguinte, o evento aumentou de tamanho e atraiu a atenção de mais pessoas.

Ao mesmo tempo, o movimento operário crescia na Europa. Tanto que, em 1910, Clara Zetkin, ativista e membro do Partido Comunista Alemão, propôs, durante a sua participação no II Congresso Internacional de Mulheres Socialistas, a criação de um Dia Internacional da Mulher – mas ela não definiu um dia específico.

Outro fato que deu força ao surgimento da data foi um incêndio em uma fábrica têxtil em Nova York, nos Estados Unidos, em março de 1911. A comoção gerada pela tragédia, que vitimou cerca de 130 funcionárias, intensificou ainda mais o movimento trabalhista, e pelo mundo todo. Por exemplo, na Rússia, operárias do setor de tecelagem fizeram uma grande paralização em março de 1917. Essa greve foi considerada o primeiro momento da Revolução de Outubro, que resultou na Revolução Russa.

O 8 de março, como Dia Internacional da Mulher, só foi oficializado pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 1975, com o objetivo de lembrar as conquistas políticas e sociais dos grupos femininos. Aproveitando a ocasião, conheça 6 mulheres que se destacaram por um grande feito ou por terem lutado para conquistar direitos que até então eram apenas usufruídos pelos homens.

Nísia Floresta

Natural do Rio Grande do Norte, Nísia Floresta foi uma das pioneiras na defesa dos direitos das mulheres brasileiras. Também lutou para que tivessem direito à educação, indo além do corte e costura. Assim, em 1838, abriu uma das primeiras escolas que ensinava gramática, matemática e ciências para meninas. Acredita-se que ela tenha sido a primeira mulher do país a conseguir espaço para publicar seus textos em jornais.

Kate Sheppard

O primeiro país do mundo a aceitar o voto feminino foi a Nova Zelândia, em 1893, e a decisão revolucionária para a época – e que mais tarde inspirou outras nações – só foi possível graças à atuação da ativista Kate Sheppard. Ela foi uma das líderes do movimento sufragista, que reivindicava a participação ativa das mulheres na política, concedendo a elas o direito de votarem e serem votadas.

Amelia Earhart

O primeiro país do mundo a aceitar o voto feminino foi a Nova Zelândia, em 1893, e a decisão revolucionária para a época – e que mais tarde inspirou outras nações – só foi possível graças à atuação da ativista Kate Sheppard. Ela foi uma das líderes do movimento sufragista, que reivindicava a participação ativa das mulheres na política, concedendo a elas o direito de votarem e serem votadas.

Marie Curie

A cientista polonesa Maria Curie tem feitos impressionantes no currículo: descobriu e isolou dois elementos da tabela periódica (o Polônio e o Rádio), criou a teoria da relatividade, foi a primeira mulher a lecionar na universidade francesa Sorbonne, a primeira mulher a defender uma tese de doutorado na França e a primeira mulher do mundo a ganhar o Prêmio Nobel de Física. 

Bertha Lutz

Filha do médico e cientista Adolfo Lutz, Bertha Lutz foi uma das maiores líderes na luta pelos direitos políticos das mulheres no Brasil. Ela, inclusive, esteve diretamente envolvida na articulação que resultou nas leis nacionais que deram direito de voto e igualdade de direitos políticos às mulheres, no início de 1932. 

Maria Lenk

Em 1932, com apenas 17 anos, Maria Lenk se tornou a primeira mulher sul-americana a disputar uma Olimpíada – foi nos Jogos Olímpicos de Los Angeles, nos Estados Unidos. Uma das maiores referências da natação brasileira, ela também ajudou a fundar a Escola Nacional de Educação Física, atual Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), e foi novamente a primeira mulher sul-americana a dirigir uma instituição de ensino voltada para a prática de atividades físicas.