Com sua textura singular, versatilidade e elegância, a panna cotta, tradicional sobremesa italiana, conquistou o paladar de muitos brasileiros

Se você foi a um restaurante italiano – seja no Brasil ou na Itália -, e havia a opção de panna cotta no cardápio e mesmo assim  não provou, cometeu um grande erro! Brincadeiras à parte, vale (e muito!) a pena experimentar o doce, visto que esta sobremesa tradicional é extremamente saborosa, além de contar com uma apresentação delicada e elegante. Como diriam os italianos, é um “amore a prima vista” (“Amor à primeira vista”, em tradução livre).

Agora, se você já é do time de apaixonados por panna cotta, ao longo deste texto, vamos trazer receitas e curiosidades sobre esse doce, que pode ser bastante versátil. Inclusive, sabia que essa sobremesa típica italiana ganhou diversas versões no Brasil além da mais tradicional com calda de frutas vermelhas?

Panna cotta de café

De onde vem o doce?

Na verdade, há algumas histórias em relação à origem desta sobremesa. Mas a mais aceita popularmente diz respeito à invenção da receita por uma mulher húngara nas áreas históricas de Langhe, que estão localizadas na região do Piemonte, no noroeste da Itália.

O nome do doce, que significa “nata cozida” ou “creme de leite cozido” em italiano, descreve perfeitamente a textura e a base dele. De modo geral, a sobremesa é feita com creme de leite, baunilha, açúcar e gelatina, e pode ser acompanhada por caldas de frutas, caramelo ou chocolate.

Por sua base ser bastante versátil, ela pode ganhar elementos extras que dão um sabor ainda mais particular a ela. Por exemplo, é possível inserir pistache ou café na “massa” para dar uma nova versão à panna cotta e provar uma delícia digna de “amore a prima vista”.

Vale lembrar que, geralmente, a sobremesa é servida com calda de frutas vermelhas, que garante harmonia e notas únicas ao doce. Mas, no Brasil, caldas de frutas tropicais também ganharam bastante destaque com a base tradicional do doce italiano.

Panna Cotta de Chocolate

Chegada ao Brasil

É fato que a panna cotta ultrapassou as fronteiras da Itália e se espalhou por todo o mundo, incluindo o Brasil. Esta sobremesa elegante é apreciada em restaurantes finos e costuma integrar os cardápios de diferentes casas italianas, além de serem muito escolhidas como uma sobremesa sofisticada para eventos especiais, como casamentos.

Embora o cannoli e o tiramisú sejam as receitas doces mais lembradas quando falamos de cozinha italiana, a receita desta iguaria está no país há bastante tempo – não existe uma data exata -, principalmente porque a culinária da Itália sempre foi apreciada em solo nacional.

A panna cotta é uma sobremesa que agrada a todos os paladares, desde os mais tradicionais até os mais exigentes. Sua popularidade se deve não apenas ao seu sabor irresistível, mas também à sua versatilidade, o que permitiu com que os brasileiros apostassem em diferentes receitas, como a Panna Cotta com Calda de Amora, a Panna Cotta de Café e a Panna Cotta de Pistache com Calda de Frutas Vermelhas (todas disponíveis na matéria).

panna cotta de Pistache com Calda de Frutas Vermelhas

Dicas para o preparo da gelatina

O preparo do doce é o ponto-chave. Este processo começa com o cozimento do creme de leite, essência de baunilha e o açúcar em fogo médio até que os ingredientes se tornem um creme homogêneo. Em seguida, insere-se a gelatina – e é importantíssimo utilizá-la de forma correta para garantir a consistência certa e a textura cremosa da sobremesa.

Em primeiro lugar, certifique-se de usar gelatina incolor e sem sabor; se preferir, use o ingrediente em folha, visto que este formato costuma funcionar muito bem com a receita.

Antes de usar a gelatina, é importante hidratá-la corretamente. Coloque as folhas ou o pó em uma tigela com água fria e deixe de molho por cerca de 5 a 10 minutos. Tome cuidado para não deixar o ingrediente de molho por muito tempo, visto que isso pode fazer com que não se chegue à consistência desejada.

Quando for inserir a gelatina ao creme, fique atento para garantir que tudo esteja completamente dissolvido. Não adicione o ingrediente à mistura quente enquanto estiver fervendo, pois pode prejudicar suas propriedades de gelificação. Em vez disso, retire a mistura quente do fogo e deixe-a esfriar um pouco antes de incorporar a gelatina.

Lembre-se, ainda, de que depois deste processo, é fundamental dar o tempo suficiente para a panna cotta firmar completamente. Geralmente, a mistura deve ficar por pelo menos 3 horas (ou mais), conforme as instruções da receita.

Panna Cotta com pau de canela e pera vermelha