Seja para o Natal ou Ano-Novo, escolha a sua e bom apetite!
Fim do ano chegando e este, com certeza, com um gostinho diferente para agradecer e comemorar a companhia dos familiares e amigos após enfrentar os efeitos da pandemia. E nada melhor que uma ceia farta para manter as tradições, escolhendo como prato principal uma deliciosa ave natalina.
Mas, afinal, qual delas escolher? Peru, chester ou fiesta? E o tender, que não é ave, mas também está sempre muito presente nas comemorações de fim de ano? Você sabe quais são as diferenças entre esses alimentos? Confira tudo agora e já comece a definir como será sua ceia deste ano.
O hábito de incluir o peru na ceia de Natal foi emprestado dos americanos, que têm a tradição de consumir a ave no Dia de Ação de Graças. É uma ave grande, com sabor bem marcante e carne um pouco mais firme. Exatamente por essas características, as receitas para prepará-lo incluem marinadas com sabores mais intensos para que a carne fique bem temperada.
Dicas para o preparo do peru
O primeiro passo é descongelar o peru por completo, em um processo de um dia para o outro, ou com o mínimo de 12 horas. Como a maioria já vem pré-temperado, é dispensado o uso de sal na marinada, que pode ser preparada com vinho branco ou vinagre de maçã, suco de laranja ou limão. São líquidos ácidos importantes para ajudar a deixar a carne macia.
Entre as sugestões de temperos estão alho, cebola, ervas frescas e secas, como manjericão, sálvia, tomilho, louro e salsinha, além de pimenta-do-reino. Com toda essa mistura, o peru precisa ficar cerca de 12 horas marinando – metade do tempo para cada lado.
Uma dica é passar manteiga ou azeite embaixo da pele do peru, mas sem rasgá-la, e também em cima, para oferecer mais gordura ao peru, que é uma carne mais seca. Outra opção é preparar um caldo com suco de laranja, mostarda dijon e mel para regá-lo a cada meia hora para ajudar a manter a umidade da ave.
Já o chester foi desenvolvido, primeiramente, a partir de melhoramentos genéticos, nos Estados Unidos. O objetivo era ter uma opção que pudesse concorrer com o peru nas preferências das ceias. Também pode ser conhecido comercialmente como fiesta ou supreme.
“Chester”, “Fiesta” e “Supreme” são referências a este superfrango. A ave chega a pesar, aproximadamente, quatro quilos – o que equivale ao dobro de um frango comum. O nome “Chester”, na verdade, é uma marca registrada pela Perdigão, cujo termo remete à palavra inglesa “chest”, que significa “peito” – já que a ave tem bastante carne nesta região. Da empresa Seara, o superfrango é encontrado com o nome de “Fiesta”, enquanto o termo “Supreme” é usado pela Sadia.
Todos esses nomes comerciais significam a mesma superave natalina, que possui menos gordura e bastante peito e coxa. O frangão chega a ter 70% de peito e coxa, que são as partes nobres, enquanto um frango comum corresponde a menos da metade de seu tamanho total.
petiscando um tender
O tender é sinônimo de praticidade. Enquanto as aves, seja o peru ou os superfrangos, demoram horas para ficarem prontas – desde a marinada até sair do forno –, a carne suína defumada nem tem obrigatoriedade de ir ao fogo.
Embora seja comum levar o tender para assar com algum molho, uma alternativa ainda mais rápida é servi-lo como petisco. Que tal cortá-lo em cubos e colocar em espetinhos com queijo coalho e abacaxi em calda? E, caso escolha a fruta fresca, experimente servir com melaço de cana.
Outro sucesso
Embora não seja uma carne branca, o tender também é bem-vindo no cardápio da ceia. A peça garante praticidade na cozinha, pois é um pernil de porco defumado, pré-cozido e com sabor bem parecido ao do presunto.
A forma mais comum de prepará-lo é assado com a adição de cravos espetados na peça. Para servir, um molho muito tradicional é o de laranja e mel, que combina o cítrico e adocicado para harmonizar com a carne suína.
Acompanhamentos
Peru: rechear o peru com farofa é sempre uma boa pedida, que pode ser feita com os miúdos, embutidos picados e fritos, e uvas-passas. A inclusão de ingredientes adocicados, aliás, é uma escolha acertada também para os acompanhamentos. Priorize frutas frescas, em caldas (figo, pêssego, ameixa e abacaxi) ou desidratadas (uvas-passas), castanhas e nozes. Outra opção é rechear o peru com cuscuz marroquino ou servi-lo com ele. Também está presente nas ceias o salpicão, tomates e cenouras salteadas.
Aves natalinas: o recheio com farofas também vai bem para os superfrangos. O uso dos miúdos, bacon e linguiças defumadas, picados e fritos juntamente à farinha de milho, é sempre uma escolha acertada e deliciosa. Para servir essa carne branca, as sugestões de acompanhamento são legumes grelhados, como berinjela, abobrinha, pimentão e brócolis, e uma salada de quinoa.
Tender: os molhos agridoces são ótimos para marinar e/ou servir com o tender, principalmente os preparados com laranja, maracujá e abacaxi, criando harmonizações perfeitas. Para acompanhar a carne suína, purê de batatas, arroz com amêndoas, cuscuz marroquino ou batatas assadas. Uma salada verde com mix de folhas e tomatinho-cereja ajudam a completar a refeição.
Preparando uma ave natalina
Os superfrangos chester, fiesta ou supreme têm como característica marcante uma carne mais suculenta e sabor suave, quando comparados ao peru. Isso facilita muito na escolha dos temperos, podendo ser os mais usados no dia a dia.
No entanto, quando chega o momento de levar ao forno, o preparo é parecido. Uma dica para manter a umidade da ave é colocar papel-alumínio no peito para segurar a gordura e não ressecar.
Usar manteiga, azeite ou a própria gordura da assadeira para pincelar, de meia em meia hora, é outra sugestão para deixar a pele com cor bem dourada e crocante, além de ajudar na maciez da carne.