Nascido na Itália nos anos 80, o beach tennis é a mais nova febre esportiva pelo Brasil e pode ser praticado mesmo longe da praia

Um esporte sem contato, mas que fortalece as pernas, tonifica os braços e o abdômen, ao mesmo tempo que melhora o fôlego. Tudo isso sem deixar de ser divertido. Não é à toa que o beach tennis, também conhecido como tênis de praia, tem se tornado a mais nova febre esportiva das cidades de médio e grande porte do país. Mesmo longe da praia, é possível praticar este esporte que é uma mistura de tênis tradicional, vôlei de praia e badminton.

De acordo com a Confederação Brasileira de Tênis (CBT), entidade que regula o beach tennis no país, o sucesso da modalidade no Brasil e no mundo se deve pela facilidade com que uma pessoa aprende a jogar e pela diversão que ele proporciona mesmo para quem nunca praticou. “Além disso, é uma excelente opção para quem quer melhorar o condicionamento físico e cuidar da saúde”, afirma a entidade.

Outro fator para o recente aumento na procura pelo esporte é a adequação do beach tennis ao atual momento, uma vez que pode ser jogado individualmente ou em dupla e deve ser ao ar livre. Ou seja, trata-se de uma modalidade sem ou com pouquíssimo contato.

O beach tennis foi criado em meados de 1987

O beach tennis foi criado em meados de 1987, na província de Ravenna, na Itália e, em 1996, começou a se profissionalizar. Atualmente, segundo a Internacional Tennis Federation (ITF), o esporte é praticado por mais de 500 mil pessoas espalhadas em todos os continentes, independentemente de sexo e idade. 

No Brasil, a modalidade chegou em 2008, desembarcando no Rio de Janeiro. Desde então, o beach tennis vem crescendo rapidamente para outras cidades litorâneas do país. O sucesso por aqui foi tamanho que ele ganhou popularidade, inclusive, em cidades não praianas, como: Cuiabá, Belo Horizonte e Brasília.  

Entre os locais onde há um maior número de praticantes, conforme a CBTM, estão o Rio de Janeiro, Fortaleza, Santos, Vitória, Florianópolis, Porto Alegre, Mogi das Cruzes, Guarujá, João Pessoa, Salvador, Campina Grande, Cachoeira de Itapemirim, Novo Hamburgo, Natal, Brasília, Maringá e São Paulo. Hoje, segundo a ITF, o Brasil é a segunda maior força do mundo neste esporte, atrás apenas da Itália, o país criador da modalidade.

O beach tennis queima cerca de 600 calorias por hora

Apesar do esporte ser relativamente novo no Brasil, o país já conseguiu resultados significativos como o terceiro lugar no Campeonato Mundial em Ravenna (2008), o primeiro lugar na Copa das Nações em Aruba (2010), campeão no mundial por equipes (2013), campeão mundial na Sérvia (2016), campeão Sul-Americano (2014) e campeão Pan-Americano (2014, 2015, 2016 e 2017). Em 2017, foi realizado o maior evento de beach tennis no mundo, em Niterói, que contou com a participação de 700 atletas.

Benefícios

Em média, o beach tennis queima cerca de 600 calorias por hora, fortalece as pernas, tonifica os braços e o abdômen, ao mesmo tempo em que melhora o fôlego. Além disso, realizar exercícios na areia é uma maneira saudável de fortalecer e aperfeiçoar o sistema cardiovascular, por conta de sua intensidade e dinâmica. Como a movimentação intensa em terrenos mais duros costuma ser perigosa, na areia é uma forma de evitar lesões.

O esporte pode ser praticado longe da praia

Durante a prática da modalidade, por conta das movimentações necessárias em meio às quadras, o corpo precisa se manter em constante alerta e força a musculatura para correr e permanecer em pé, e esses deslocamentos são excelentes para o condicionamento físico total. Além disso, a alta queima calórica que o beach tennis oferece é um grande atrativo entre os praticantes. Por ser um esporte que exige movimentação intensa, há um aumento no nível de queima calórica. O gasto médio de 600 calorias por hora, classifica-o como um dos esportes com maior queima já existentes.

Assim como os outros esportes, praticar beach tennis proporciona a liberação de endorfina, o hormônio responsável pela sensação de prazer e bem-estar. O estímulo desse hormônio, por sua vez, faz com que os níveis de cortisol, hormônio liberado em casos de depressão e estresse, diminuam significativamente.