Com a chegada da estação, em 21 de dezembro, alguns cuidados devem ser tomados em relação à pele
Em cada estação do ano, a pele fica de um jeito diferente por conta do clima e da umidade. Por essa razão, é preciso estar atento em cada período para tomar os cuidados corretos com a saúde da pele. E, com a chegada do verão no dia 21 de dezembro, algumas práticas devem ser adotadas no dia a dia para garantir que o maior órgão do corpo seja bem-cuidado.
Especificamente no verão, há algumas situações em que devemos prestar atenção, como alerta Dr. Claudio Wulkan, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia e Dermatologista Clínico e Cirúrgico. Por ser uma época úmida devido às tradicionais “chuvas de verão”, muito quente e com fortes raios solares, muitas questões podem surgir no que diz respeito à pele.
“Quase 1 a 2% da população sofre de hiperidrose, que é um excesso de suor. Essa hiperidrose pode ser localizada em algumas áreas ou generalizada no corpo inteiro. O mais comum é que a pessoa sue em excesso nas axilas. Mas tem gente que sua em excesso no couro cabeludo, na virilha e nas costas”, comenta o Dr. Wulkan.
“E a gente tenta abordar isso da melhor maneira possível. Então, para quem sofre de hiperidrose, esse excesso de suor, é possível procurar um centro de dermatologia, onde eles vão orientar quais medicamentos orais ajudam a controlar isso. […] A acne também costuma piorar no verão pelo excesso de oleosidade”, fala o médico.
Dr. Claudio Wulkan
Dermatologista
“Não economize na aplicação do protetor. Ele é para usar em grande quantidade. E lembrando que o dia nublado queima tanto quanto um dia com sol. As nuvens filtram de 30 a 60% da radiação solar, então você queima da mesma maneira.”
Fungos: um problema do verão
Não é tão pautado como deveria, mas é preciso lembrar que, durante o verão, “o excesso de umidade facilita o crescimento de fungos”. “Independente se você tem ou não hiperidrose, você tem mais probabilidade de desenvolver micose [no verão]”, pontua o dermatologista.
“Os fungos de pele gostam especificamente das áreas quentes e úmidas e têm predileção pela região dos pés, como entre os dedos, principalmente, ou a planta dos pés. Muito raramente ele afeta o dorso dos pés. Também pode aparecer na virilha, mais frequentemente em homens do que em mulheres”, explica.
Como lembra o médico, portanto, essas áreas que podem ser atingidas pelos fungos precisam estar sempre secas, especialmente em caso de contato com a praia ou após muito tempo embaixo do sol. Os talcos são bons aliados para reverter e evitar essas situações. Mas a hidratação também é importante, e evitar a umidade excessiva desses lugares não significa não manter a pele hidratada.
Atenção às manchas
Segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia, áreas como rosto, mãos, braços, colo e ombros podem apresentar manchas de coloração marrom durante o verão. Essa situação é costumeira por serem regiões mais expostas aos raios UVB e UVA, causando uma produção acelerada de melanina, que atua como um mecanismo de defesa natural da pele contra a radiação solar.
O Dr. Wulkan relembra: “O verão piora o melasma, a acne, a micose e o pano branco [micose de praia]. Os cuidados são: manter a pele mais seca, evitar o excesso de exposição ao sol e usar fatores de proteção solar adequados e de boas marcas de filtros solares. E não deixe de buscar um filtro solar que tenha proteção contra UVA e UVB”.
Protetor solar e praia: cuidados redobrados
Verão é, sem dúvidas, a época preferida para viajar à praia. Mas essa exposição ao sol frente ao mar pode ser complicada se não for cautelosa. O Dr. Wulkan reforça sobre a necessidade de tomar cuidados e destaca a importância dos protetores solares orais, os quais auxiliam na prevenção de inflamações e ajudam na regulação imunológica do organismo.
Esse tipo de protetor é fundamental para aquelas pessoas que enfrentam algumas patologias como o melasma, que piora bastante no verão, ou outras doenças que podem ser prejudicadas a partir da exposição excessiva ao sol.
“Lembrando: quando você vai à praia, [é essencial] usar um protetor solar um pouquinho mais forte, pelo menos com FPS 30 para cima, e reaplicar a cada duas ou quatro horas, dependendo do que consta na bula do produto”, alerta o dermatologista.
Ele completa: “Não economize na aplicação do protetor. Ele é para usar em grande quantidade. E lembrando que o dia nublado queima tanto quanto um dia com sol. As nuvens filtram de 30 a 60% da radiação solar, então você queima da mesma maneira. Ficar embaixo do guarda-sol também causa queimaduras. Mesmo que você fique debaixo do guarda-sol na praia, crie o hábito de ficar de boné e de usar protetor solar”.
Não só os adultos devem tomar cuidado. O dermatologista relembra: “Cuide dos seus filhos. Criança é sempre de boné, protetor solar em alta quantidade e lycra de manga comprida, independente do calor. […] Acredita-se, na literatura médica, que 80% da radiação solar a que uma pessoa vai ser exposta durante toda a sua vida, ela tomou até os 22 anos de idade. Isso, porque, quando pequenos, a gente se expõe muito ao sol”.”.
Para quem quer um bom bronze, o Dr. Claudio Wulkan indica: “Uma alimentação rica em antioxidantes ajuda também na pele. Então, se você puder comer um pouquinho mais de tomate, cenoura e mamão, que têm bastante caroteno, isso vai te ajudar a ficar com um bronzeado mais bonito, porque eles depositam [a substância] na pele, e ela fica mais agradável”.
E a hidratação da pele no verão?
Como hidratar a pele no verão é uma das dúvidas mais frequentes das pessoas. Segundo o dermatologista, é preciso ter um cuidado com a hidratação, visto que a pele fica mais oleosa por conta do aumento da temperatura durante a estação.
“Devemos tomar cuidado para que a pele não fique excessivamente oleosa, com aspecto muito brilhante, e que possa piorar as espinhas”, pondera. Assim, hidratantes com toque seco podem ser as melhores alternativas para o período mais quente do ano.