Neste Dia das Mães, data regada a amor e admiração, celebramos com receitas de uma família com cinco Marias
Reservado ao segundo domingo de maio, neste ano o Dia das Mães será comemorado no dia 9. Mera formalidade! Afinal, celebrar sentimentos tão profundos vem junto com os mais singelos (e exagerados também) gestos de amor, cotidianamente.
Hoje em dia, exaltar virtudes maternas ganhou um novo significado. Fundamental é perceber que o distanciamento social não significa isolamento emocional e que é um enorme privilégio poder estar perto de quem se ama. Beijos e abraços apertados se tornam cada vez mais urgentes.
Contudo, o tradicional jantar do Dia das Mães ganha ainda mais sentido na família Asckar. Antes precisamos apresentar mãe e filhas. Ou melhor, apresentar cada uma das Marias. Mas de quantas Marias estamos falando? Para começar, cinco Marias, quatro filhas e a mãe, todas batizadas com o mesmo nome santo, xarás da mais famosa matriarca da história, a mãe de Jesus.
Júlia Maria
“Falar eu te amo é fácil, amar, de verdade, é outra história. Por isso, agradeço o amor incondicional que minha mãe tem por nós. E é graças a este amor que temos condições de transmitir amor e reafirmá-lo dia após dia”
Na casa da filha mais velha, Maria Auxiliadora Assis Asckar Rabaneda, a família se encontra para preparar o jantar comemorativo. Junto com suas irmãs, Maria Ângela Assis Asckar Corral, Júlia Maria Assis Asckar Volpato e a caçula Renata Maria Assis Asckar Ferreira e Sá, dividem as funções no preparo da refeição dedicada à mãe, Joani Maria de Assis Asckar.
Como não poderia deixar de ser, a cozinha está em festa. Reunidas, as quatro irmãs se empenham no preparo de uma tradicional receita de família, Fettuccine Alfredo de Camarão. O clássico prato italiano vem acompanhado de uma vibrante salada verde, batizada de Rodeio. Para sobremesa, tiramisu na taça.
Organizadas, cada uma assume sua função no preparo das receitas. Maria Auxiliadora assume, com maestria, o cozimento do camarão e da massa fresca. Maria Ângela fica responsável pelo arranjo da salada, enquanto Júlia Maria e Renata Maria se encarregam da sobremesa. “Família que cozinha unida permanece unida”, brinca orgulhosa Joani Maria.
Elas se divertem muito enquanto preparam o jantar. Entre uma gargalhada e outra, a mãe coruja se emociona ao admirar suas crias tão unidas e felizes. “Esta forte sintonia e esta alegria contagiante são os melhores presentes que eu poderia receber delas. Sinto um amor profundo e incondicional todas as vezes que as vejo assim, tão juntinhas. Uma felicidade incontrolável, uma mistura de orgulho, admiração, carinho, os melhores e mais bonitos sentimentos”, declara.
Maria Ângela
“Minha mãe é a base da nossa família, pilar estruturante que representa o próprio amor. Um amor tão intenso que desejo repassar, sem tirar nem pôr, aos meus filhos. Meu objetivo é ser para meus filhos o que minha mãe é para mim”
Joani Maria revela, sem ressalvas, que é um desastre na cozinha. Mas com quatro filhas tão prendadas, ela não tem motivos para se preocupar, não é mesmo? “Minhas amigas vão morrer de rir quando me virem na cozinha, figurando (risos). Diferentemente de mim, minhas meninas sabem cozinhar muito bem. Sorte a minha (mais risadas).”
Ela revela que o talento e interesse das filhas pela gastronomia vêm de pai, ou ainda, podem ter sido herdados da avó paterna que, segundo ela, cozinhava divinamente. Versão confirmada por Júlia Maria. “Papai sempre achou que a gente precisava ser independente e, quando éramos pequenas, nos ensinou muito. Ele dizia ‘vocês precisam saber preparar ao menos um prato’. Acho que superamos as expectativas”, revela sorrindo, sem falsa modéstia.
Reuniões familiares seguem uma certa tradição na família Asckar, sempre à mesa, com boa comida, ao som de muitas risadas. “Nos encontramos, praticamente, todos os finais de semana, para nosso tradicional almoço em família. Reunimos todos, filhas, genros e netos para celebrar a vida.”
A essa altura, o cheirinho do camarão já perfumava a sala de jantar e aumentava as expectativas. Tudo pronto, cada detalhe importava um pouco mais naquela noite. E, assim, mais um jantar do Dia das Mães foi realizado com sucesso. Outra importante página de uma história escrita com muito amor entra para a coleção de momentos inesquecíveis da família Asckar.
Maria Auxiliadora
“Minha mãe representa meu porto seguro, minha melhor amiga, minha confidente. Eu não encontro caminhos seguros sem a presença e a sabedoria da minha mãe ”
Novas gerações de Marias
A primeira filha de Joani Maria, Maria Auxiliadora, também já é mãe de Maria Vitória, de sete anos, e Maria Antônia, de dois anos. Ela diz que o amor de mãe é algo difícil de descrever. “É seu coração batendo fora do peito. É não medir esforços para ver alguém feliz e realizado.”
Já sobre o amor de filha, Maria Auxiliadora sabe explicar bem. “Minha mãe representa meu porto seguro, minha melhor amiga, minha confidente. Eu não encontro caminhos seguros sem a presença e a sabedoria da minha mãe. O que posso dizer é obrigada por todo o ensinamento, obrigada pela vida, obrigada por tanto amor.”
A segunda filha de Joani Maria, Maria Ângela, mãe do José Guilherme e aguardando a chegada da Maria Helena, com oito meses de gestação, revelou que é muito ligada à mãe, em quem tem sua mais importante inspiração.
Renata Maria
“Mal posso esperar para oferecer aos meus filhos o que minha mãe ofereceu a mim. Quero poder transmitir o mesmo amor, religiosidade e fé. Quero que meus filhos me enxerguem como enxergo minha mãe. Feliz Dia das Mães!”
Joani Maria
“Esta forte sintonia e esta alegria contagiante são os melhores presentes que eu poderia receber delas. Sinto um amor profundo e incondicional todas as vezes que as vejo assim, tão juntinhas.”
“Minha mãe é a base da nossa família, pilar estruturante que representa o próprio amor. Um amor tão intenso que desejo repassar, sem tirar nem pôr, aos meus filhos. Meu objetivo é ser para meus filhos o que minha mãe é para mim. Meu exemplo maior, o amor da minha vida. Agradeço a Deus por ser sua filha.”
Júlia Maria, terceira filha de Joani, mãe do Luiz Frederico, de sete anos, e Joaquim Cesar, de quatro, contou que ser mãe na família Asckar é a realização de um sonho. “Sonho que só pôde ser possível porque recebemos o amor necessário para repassarmos a nossos filhos e filhas”.
E ela continua, “falar eu te amo é fácil, amar, de verdade, é outra história. Por isso, agradeço o amor incondicional que minha mãe tem por nós. E é graças a este amor que temos condições de transmitir amor e reafirmá-lo dia após dia”.
A filha caçula, Renata Maria, recém-casada, ainda não tem filhos. Ela vislumbra ser mãe, logo em breve.
“Mal posso esperar para oferecer aos meus filhos o que minha mãe ofereceu a mim. Quero poder transmitir o mesmo amor, religiosidade e fé. Minha mãe tem o coração enorme e repleto de amor. Quero que meus filhos me enxerguem como enxergo minha mãe. Feliz Dia das Mães.”
Devotas de Nossa Senhora
Com tantas Marias, é notório que religiosidade e fé estejam fortemente presentes na vida das mulheres da família Asckar. Maria Auxiliadora, a exemplo, primeira filha de Joani Maria, foi batizada com nome santo porque nasceu em 24 de maio, no Dia de Nossa Senhora Auxiliadora, uma das formas de devoção da Virgem Maria, entre os católicos.
Já o nascimento da terceira filha, Júlia Maria, no dia 13 de junho, coincidiu com a data reservada às comemorações dedicadas a Santo Antônio. Mas a devoção da família vai além das conexões com os nomes e datas religiosas.