Mergulhe na história e cultura por trás das pizzas brasileira e italiana 

Considerada um dos pratos mais amados em todo o mundo, a pizza é uma deliciosa receita que nasceu na Itália, especificamente na cidade de Nápoles. A sua origem data a partir do século XVI, quando se tornou uma refeição popular entre a classe trabalhadora que a consumia por ser uma opção rápida e barata. A receita original era simples, com molho de tomate, queijo e uma pitada de manjericão. Mas, com o passar das décadas, outros ingredientes foram acrescentados, atendendo aos mais variados gostos e preferências. 

No final do século XIX, ela foi introduzida no Brasil pelos imigrantes italianos e, ao longo do tempo, incorporou influências e ingredientes locais, tornando-se um prato excelente da cultura brasileira. A preparação culinária se tornou tão típica no país que ganhou até uma data comemorativa, celebrada todo dia 10 de julho.

Essa data foi inspirada no Dia Nacional da Pizza, celebrado na Itália em 13 de fevereiro, desde 1995. No entanto, os empresários brasileiros optaram por escolher uma data mais próxima ao inverno brasileiro, que é um período em que as pessoas costumam consumir mais o prato.

Embora a paixão pela massa fermentada nos dois países seja a mesma, as diferenças no modo de preparo são bastante significativas. Elas variam entre a espessura, tamanhos, molhos e até mesmo o próprio recheio. 

Uma jornada de sabores

Entenda as diferenças 

 A massa é um dos principais diferenciais entre a pizza brasileira e a italiana. Na Itália, ela é conhecida por sua espessura mais fina e crocante, geralmente feita com um tipo de trigo especial conhecido como grano duro, que tem um teor de glúten mais alto. Isso faz com que ela seja mais elástica e tenha uma textura mais leve e crocante. Já no Brasil, tendem a ser mais grossas e macias, por serem feitas com trigo comum. 

Outra diferença marcante é o uso de ingredientes. As italianas costumam ser mais simples, com menos ingredientes e sabores mais sutis. As do Brasil são frequentemente mais elaboradas, com uma grande variedade de ingredientes, incluindo carnes, queijos, vegetais e até mesmo frutas, como a de banana com canela.

O queijo é bastante consumido em solo brasileiro, o que não é um hábito muito comum lá fora. Além disso, o consumo de provolone, parmesão, gorgonzola e catupiry são frequentes, diferentemente da Itália, que tem poucas opções. 

Em termos de sabores, os italianos acreditam que “menos é mais”. Por isso, evitam cobrir suas pizzas com muitos ingredientes, para que o sabor da massa e do molho de tomate sejam o destaque. Geralmente, a base fina e crocante da receita é coberta apenas com molho de tomate, queijo muçarela e ingredientes frescos, como azeitonas, presunto, salame e ervas frescas. 

Já de forma ousada e criativa, os brasileiros gostam de adicionar ingredientes diferentes e inesperados na preparação do prato, como frango, queijo, bacon, carne moída, calabresa e milho. É bastante popular também encontrar os chamados “sabores doces”, que podem ser feitos com recheios de chocolate, doce de leite e frutas. 

Os tamanhos também variam bastante. Na Itália, são servidas em tamanhos menores, com cerca de 30 cm de diâmetro, enquanto no Brasil, é comum encontrar pizzas grandes, com até 45 cm de diâmetro. Contudo, as italianas são servidas para uma pessoa, enquanto as brasileiras, habitualmente, são feitas para serem compartilhadas em grupo.

Uma jornada de sabores

Os sabores mais populares 

O sabor destaque da culinária no Brasil fica com a de muçarela, seguida pela calabresa e frango com catupiry. Na Itália, a margherita é a mais tradicional, feita exclusivamente de molho de tomate, muçarela e manjericão. Outros sabores populares incluem de funghi (cogumelos), de prosciutto (presunto) e a de quattro formaggi (quatro queijos). 

No entanto, vale lembrar que os dois países transbordam na variedade de sabores, que incorporam influências e ingredientes locais tornando a pizza uma criação única e de sabor marcante.

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