Para celebrar o Dia Nacional do Chef de Cozinha‘ dois profissionais contam como se encantaram pela arte de transformar ingredientes e criar histórias
Mãos habilidosas que tecem histórias! Ao invés de caneta e papel, panelas e utensílios regidos por um mestre: o chef de cozinha. Em uma sinfonia de sabores, texturas e cores, ele transforma ingredientes em obras de arte gastronômicas. No palco que é a cozinha, cada movimento é um gesto de carinho, cada tempero é uma declaração de amor, e cada prato, uma história contada através dos sabores e aromas.
O dia 13 de maio é o Dia Nacional do Chef de Cozinha. A data foi criada em 1999 pela Associação Brasileira da Alta Gastronomia (ABAGA) e serve para homenagear esses profissionais.
Francyne Rabaioli
Despretensioso e ao mesmo tempo apaixonante. Um novo e desafiador capítulo da vida! A chef Francyne Rabaioli diz que esse é o caminho dela pela gastronomia. Formada em Arquitetura e Gastronomia ela conta que inicialmente trabalhou em gestão de restaurantes. Fez vários cursos na área que a ajudaram a entender que um restaurante vai além de uma cozinha criativa e bem executada.
“Eu não tenho um estilo de cozinhar inovador. Eu tenho história para contar. Me arrepia pensar que a comida acalma o coração e traz conforto para a alma”, diz Francyne.
O primeiro restaurante aberto pela chef foi o o Canto Cozinha e Conforto. “Foi com o Canto que comecei a delinear meu caminho pela gastronomia. E para mim, hoje, falar de Arquitetura e Gastronomia é como falar de amor e paixão, um não vive sem o outro.”
O outro restaurante da chef é o Olga. “Olga é o nome da minha avó paterna. Representa toda minha ancestralidade e me permite continuar a história das mulheres de força da minha família. O Olga representa muito quem sou. Eu não me lembro da casa da minha avó, mas meu sentimento idealizou este lugar. Minhas memórias são do aconchego que não pude sentir, do abraço apertado da nonna, que pode curar, abrandar e fazer reviver. Olga é intenso, é forte, é sagrado para mim.”
Para o futuro, Francyne diz que quer estudar muito. “Tenho muito que aprender dentro da gastronomia. Quero crescer!”
fernando mack
O chef Fernando Mack é o sócio-fundador do Brasido Restaurante e não se considera chef. “Não me considero chef, me apresento como cozinheiro”, diz. Mack começou a carreira com cozinha japonesa e diz que gosta de cozinhar desde criança. “Tenho um primo que é chefe de cozinha, o Alex Atala. Nosso avô era pescador e adorava pescar. Eu acompanhava muito meu avô e meu pai nos acampamentos de pesca. E foi aí que surgiu minha paixão. Minha mãe também era uma excelente cozinheira.”
Profissionalmente, começou no restaurante Kinoshita, em São Paulo. “Passei algum tempo com cozinha japonesa e depois fui trabalhar no D.O.M (na capital paulista), onde me apaixonei pela cultura brasileira”, diz.
Fernando morou em vários estados do Brasil e adquiriu muito conhecimento sobre a cultura brasileira. Chegou a trabalhar no restaurante Mahalo e iniciou a carreira como consultor no Sebrae. Ele tem uma empresa de consultoria que funciona há quase dez anos.
No Brasido, é responsável pelo cardápio. “Criamos todo o conceito, que é um pouco dessa curadoria dos locais que morei, da cultura regional e aproveitamento integral dos ingredientes. Esse é um resumo da cozinha do Brasido”, explica.
Ele, que já fez eventos junto com a chef Helena Rizzo, Rodrigo Oliveira do restaurante Mocotó e com o chef peruano Enrique Paredes, diz que para o futuro quer continuar com a consultoria e focar na expansão da marca Brasido. “A gente está muito feliz com o que está acontecendo”, finaliza.